MAR
GELADO
Sobre a exposição fotográfica
A exposição fotográfica virtual “Mar Gelado” é uma iniciativa do MicrOcean Lab do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), com o objetivo de divulgar a Ciência polar, as paisagens deslumbrantes e a biodiversidade da Antártica. Essa também é uma contribuição para a difusão da Ciência no contexto da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (Década do Oceano, 2021-2030), em que devemos nos conscientizar sobre o papel de cada um de nós para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos marinhos para um oceano limpo e saudável hoje e no futuro.
A Antártica é considerada o continente dos superlativos, por ser o mais frio, com a maior altitude média, o mais seco e com mais vento, além de estar coberto por um manto de gelo que contém a maior reserva (70%) de água doce do planeta. Esse continente imenso, com cerca de 14 milhões de km² (1,6 vezes o tamanho do Brasil), é cercado pelo Oceano Austral onde se formam massas d’água que circulam por todo o planeta, somando mais de 45 milhões de km² ou o equivalente a 10% da superfície terrestre. Os ecossistemas antárticos são peculiares e possuem rica biodiversidade, composta por baleias, lobos-marinhos, focas-marinhas, elefantes-marinhos, pinguins e outras aves, peixes, invertebrados marinhos, espécies de zooplâncton (especialmente o krill), algas, líquens e musgos, fitoplâncton e microrganismos. Fazer Ciência nesse imenso laboratório natural a céu aberto é um privilégio.
Os registros fotográficos dessa exposição foram feitos em expedições científicas realizadas em fevereiro de 2013 (OPERANTAR XXXI), fevereiro de 2014 (OPERANTAR XXXII), fevereiro de 2015 (OPERANTAR XXXIII), fevereiro de 2016 (OPERANTAR XXXIV) e janeiro/ fevereiro de 2019 (OPERANTAR XXXVII) a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano (H41). Os registros abrangem diferentes localidades no Oceano Austral, incluindo o Estreito de Gerlache, o Estreito de Bransfield, a Baía do Almirantado, a Ilha Half Moon, a Ilha Deception, a Baía Esperanza, o Canal Antártico, além dos Canais chilenos (durante a travessia para a Antártica). As 102 fotografias estão organizadas em ordem cronológica, da expedição mais antiga para a mais recente, e contêm uma breve descrição, a localidade, o ano e a fonte.
Agradecimentos
Agradecemos imensamente aos autores das fotos, que permitiram sua divulgação nesta exposição: Camila Negrão Signori (Docente da Universidade de São Paulo), Eduardo Resende Secchi (Docente da Universidade Federal do Rio Grande), Elisa Seyboth (Pesquisadora da FURG e University of Cape Town), Luis Felipe Araujo (Comandante da Marinha do Brasil), Stefan Sievert (Pesquisador do Woods Hole Oceanographic Institution, Estados Unidos). Agradecemos também ao Renato Gamba Romano (Universidade de São Paulo) pela gentileza ao confeccionar o lindo mapa.
Agradecemos aos Projetos Científicos INTERBIOTA - “Interações Biológicas em ecossistemas marinhos próximos à Península Antártica sob diferentes impactos de câmbios climáticos” (MCTI/ CNPq/ FNDCT, Processo 407889/2013-2) e EcoPelagos - “Respostas do Ecossistema Pelágico às mudanças climáticas no Oceano Austral” (CNPq/ MCTIC/ CAPES/ FNDCT, Processo 442637/2018-7) e ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que possibilitaram esses registros e a realização de pesquisa na Antártica. Para saber mais sobre o PROANTAR, acesse: www.marinha.mil.br/secirm/proantar
Curadoria
Lilian Rocha Carneiro, futura oceanógrafa e bolsista PUB do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (Brasil)
Camila Negrão Signori, oceanógrafa e docente do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (Brasil)